terça-feira, 5 de novembro de 2013

Medos


Se, não me atrevo
se, não me meto
se, paro...

Se continuo
Se, e... Se...

Fico?
Se me deparo

Com o sorriso...
Teu!

        Dela!

Então,

Se não me atrevo,
Se não me meto,

Se paro,
Se continuo

Se, e... Se...
For embora...

Não vou feliz...

Então,

Nos braços
Delas...
FICO!

domingo, 8 de julho de 2012

Inquietações

Desperta!
Liberta as fantasias mais profundas
Faz do meu corpo couto à lubricidade
Rasga-me em desvarios
Encandeia nossos olhos
Paire sobre a carne trêmula
Resvala teus pelos em meu suor
Dê-me tua agonia.
Deixa na carne o último toque
Nos lábios beijos cabais
Desperta!
Aprisiona-me em teu corpo.

domingo, 1 de julho de 2012

Ô moça

 
Ô moça, me diga alguma coisa
Alguma coisa que eu já não saiba sobre mim
Me diga o que desejo, antes das três

Antes das três, antes das seis, antes das três

Ô moça, seja sincera
Seja sincera e diga ao menos uma vez
O que deveras espera de mim

Antes das três, antes das seis, antes das três

Agora já vou-me embora
Só meias verdades, insanidades
De tudo que deixei que soubesses sobre mim

Antes das três, antes das seis, antes das três

Ô moça, nunca esqueça
Das noites em claro, dos beijos roubados
De todo amor que fizemos assim

Antes das três, antes das seis, antes das três

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Bater de Asas


Ela só quer voar

E ela quis voar

Ela quer voar

Todo anjo tem asas

Não sei voar,

Não tenho asas

Quando ganha o céu

com suas asas de anjo

seu toque sagrado

com sete cores pinta as nuvens

ela só quer voar

talvez não volte

o céu é seu chão

não sei voar

Olho o céu, vejo seu rosto

seus cabelos e cores no mar

Suas lembranças, minhas lembranças

uma madrugada em preto e branco

e ela quis voar

acender a lua

com sua boca salgada

eu não sei voar

não tenho asas

ela quer voar

o tempo é a ponte do infinito

é a voz que me cala

quando ela voa

bem longe de mim

seu cheiro a cada bater de asas

e o tempo distante

o dia se vai a noite já vem

Ela quis voar

Ela quer voar

Ela só quer voar

E eu não tenho asas


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Já me convenci que estou longe da grande alma dos poetas, compreendo que poesia não é só uma questão de método, de amarra, ela tá mais perto do sangue que do suor. Por um tempo resolvi deixar o
blog privado. Entrei em crise com as Letras, meu apego e zelo com as palavras me fizeram repensar o que escrevo e como escrevo. Então depois de muita discussão com alguém que me ver de perto compreendi que minha busca por algo perfeitamente completo não iria se esgotar. Fruto das incertezas e das palavras incompletas, sem nome, sem donos, assim são e acho que continuarão sendo os textos que coloco no imaginário-poético. Poder sonhar, buscar e sentir, perder a ordem o controle e deixar fluir linhas e linhas. Como nada do que falo é completamente meu, assim como sou vários pedaços passados aqui está de forma livre o imaginário-poético.