segunda-feira, 23 de maio de 2011

Adeus!

Ele saiu sem me dizer adeus,
Arrumou as malas e se desfez no espaço
Opaco era a cor do tempo no dia do acaso!
Não sei quando foi, a que horas partiu...
Logo ele que me causou imensa dor
Tamanho estrago vestido de cinza em dias nublados
Ah! Como pude não notar sua ida?
Nenhuma imagem sua acorrentada a minha mente.
És livre, sou leve posso até sentir o cheiro das nuvens!
Tão livre e liberta a ponto de querer acorrentar-me
Em novas imagens, sorrir por bobagens.
Teu beijo antes doce, antes nuvens, céu e inferno...
Teu hálito antes minha pena de morte, minha salvação...
Teu corpo abrigo da minha alma, agora só teu!
Beijo, hálito, corpo... TEU!
Como é bom poder olhar nos teus olhos
Sabendo que o amor me deixou.
Adeus meu lindo AMOR!
Adeus aos teus em mim...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Na Veia: Cordel do Fogo Encantado.


Eu vou cantar pra saudade
Com seu vestido vermelho
E a sua boca
Eu vou cantar pra saudade
Descer na minha cabeça
E comandar sua festa
Aquele cheiro, som, imagem do teu corpo incendeia
E um rio carregado de saudade vem correr na minha veia
Na veia, amor, na veia
É como a luz da lua que atravessa a parede da cadeia
Clareia mais forte que o sol
E Quando a saudade chegar com seu batalhão de agitadores
E tantas bandeiras
Vou cantar aquele som da gente
Vou rasgar o teu vestido novo


Vidrada nas composições do Cordel, pena que tenha chegado ao fim,
geniais, poéticos, ricos da nossa cultura bela e mista!


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Um pouco do que gosto!


A partir de hoje compartilho não só os meus rascunhos, mas obras geniais que fazem parte do meu cotidiano. E para um bom começo vai um pouco de Chico Buarque!

Apesar de Você

Amanhã vai ser outro día
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão.
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão.
Apesar de você
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforía?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar.
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.
Você que inventou a tristeza
Agora tenha a fineza
de “desinventar”.
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar.
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não quería.
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença.
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa.
Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia.
Cimo vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Cimo vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente.
Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, et coetera a e tal,
La, laiá, la laiá, la laiá…….

domingo, 15 de maio de 2011

Sem jeito!

Já te dei tudo o que tinha
Meu corpo, meus pedaços em parte
Já te dei meu peito em pranto
Estanquei meu sangue a cada dia
Limpei minhas feridas
Fui ficando vazia, toda vez que te ouvia.
Volta não, sei que queria
Mas outra porta abriria
Meu coração tá cheio de mágoas
Não aguentaria, ver os teus olhos
E descobrir que neles, amor não havia
Fiquei na janela, todo dia uma espera
E o amor não diminuía.
O pôr do sol, o nascer da lua e as tardes lentas
Meu coração bem que queria... Teu corpo minha pequena
Meus olhos fechados te viam,
Lá longe no silêncio que me acalma
Eu bem que podia pedir para você ficar
E tentar te impedir de voar.