sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Será que já vivi?
Eu sou Eu?
Sinto descobrindo o conhecido
O que Fostes?
O que És?
O que Serás?
O que És, é o que queres?
O que queres,é o que És?
Se Sou o que Sou, como me sinto que ainda Serei?
Pensar, pensar, pensar...
Saber?  Talvez! Querer...
Querer o que?
Roubaram-me por um instante
Um início com sabor de fim
Afinal quem Sou?


(Nikelly Ferreira)

Espuma Branca.




 

 Em meio a pedras falsas
Um olhar, dois sorrisos, várias lágrimas...
Beleza exuberante
Força avassaladora
Coloração única
Barulho acolhedor...mágico
Mãe, charme e beleza
Faz de sua morada o nosso lazer
A água relaxa
A lua nos beija
A constelação abraça
O vento nos acalenta
Até quando seguirá sem tormenta?


(Nikelly Ferreira)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Quando amar!

Quando não posso dizer que amo
tendo a expressar o que sinto em versos,
desenhos abstratos que ultrapassam o limite da retina
transformando o amor em matéria...
Amor- matéria, é tela?
Quando as minhas mãos gelam e as palavras me faltam
sei que no meu intimo amei em versos.
E aí descubro, não posso se é amor não é matéria.
Talvez é verso.

 Luana Tavares

...

Céu estrelado
Mundo encantado
Noite...
Mundo encantado
Céu estrelado
Noite!
E a lua onde está?
Com céu estrelado
No mundo encantado
Noite?
E você onde está?
No mundo estrelado
Parte do meu imaginário!
Noite...

Luana Tavares.

Estrada

A estrada é engraçada
As pessoas vem e vão
Não se olham, não se falam
Se passa na vida
Se passa na estrada
Ninguém para, ninguém sente
Aquela rua, pequena estrada....

24.01.2010  Luana Tavares

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Bem-vindo Iuri!

Louvado seja Olorum
Criador desse mundão
Dono de tudo que existe
Pai de toda criação
Pois nos deu grande presente
Nesses dias bem recentes
Eita quanta emoção!


Na madrugada poeirenta
Dos quinze dias do mês
De dezembro, mês festivo
A Estrela d’Alva talvez
Não brilhasse tão intensa
Pois do céu fez-se presença
A glória de quem nos fez.


A ladeira da Pindoba
Tinha cheiro especial
O galo fez a cantiga
Mais bonita e natural
Tudo era alegria
Bem repleto de magia
De um dia sem igual.


Deus mais uma vez se fez
Criança bem pequenina
No seu infinito amor
Bondade que não termina
Manifestou todo bem
Iuri aqui hoje vem
Pra construir sua sina.

Bem-vindo primo querido
Vem viver tuas andanças
Traz luz pra essa família
Deus em forma de criança
Pois os “Lopes” e os “Silva”
Te saúdam com muitos vivas
E se enchem de esperança.

Faz nascer nessa Pindoba
Mais amor e alegria
E transmite para o mundo
Sentimentos de valia
Valoriza o conhecimento
Aprende a todo momento
Toda hora e todo dia.

Confia na tua mãe
Esse exemplo de respeito
Herda a força de teu pai
Homem correto e direito
E o amor de “Tia Lita”
Segue de forma bonita
Vó que te guarda no peito.

Não esquece de viver
Buscando a felicidade
Ela é coisa bem simples
Não está n’outra cidade
Tá mesmo é no coração
Tá no pai da criação
Pense e só faça bondade!


(Gilmar da Pindoba – 15/12/10)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

À Nikelly...

Ela não tem olhos azuis
Mas consigo enxergar o Mar
De tão transparentes, alguns evitam olhar.
Seus cabelos não tem ondas,
Mas tudo nela me faz lembrar
Do cheiro, do jeito, dos braços da Dona do Mar
Seu sorriso é um mar agitado, transborda
Em seu ombro estrelinhas roubadas do mar,
Cheia de cores e brilho
É livre feito o infinito, é ternura e magia
Ela é mar em balanço, é fúria, é calmaria
Não consigo definir- traduzir
Hora é mar, depois penso em poesia
Sois MAR em poESIA,
 És MARESIA...
                               Luana Tavares

sábado, 4 de dezembro de 2010

Largo/Azul/Esverdeado

Largo azul esverdeado,
Prateado ao refletir a lua pálida e gélida.
Teu cheiro e balanço equilibra e faz sonhar.
Tão imenso e salgado das lágrimas
 dos amargurados, depressivos, dos loucos embriagados
Salgado dos sonhos de quem ama
 Do desejo dos apaixonados
Infinito verde azulado
Que lava a alma, da força e recupera
Lava os que têm cólera, o bruto a ser lapidado
Acolhe as lágrimas de quem sofre
Devolva-lhes o riso.
És tão intenso como o riso inocente de uma criança
Brincando na areia, desenhos abstratos, barcos...
No azul ou verde meus olhos mergulham
E seguem as meninas que dançam com suas saias brancas
Bordadas com peixinhos e contas.
Largo, azul, esverdeado...

                                                   Luana Tavares

Tédio

Os dias me parecem longos,
As noites intermináveis,
Tudo perde a graça,
E os dias divertidos ficam chatos.
Não vi os lírios daquela poesia
Sequer li a poesia...
                                                       O poeta mentiu pra mim.
                                                       O amor não existe.
Luana Tavares

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Assim...

Corre o rio em busca do mar
Corre o vento em busca do tempo,
Correm meus pensamentos livres no ar.
Correm meus olhos em busca dos teus.
Entristecem sem o belo, sem o simples,
Sem o teu amável riso,
Transbordam quando em tua face de encanto
Surge uma gota salgada silenciando teu tormento.
                                                     
                                                                 Luana Tavares

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Parabéns Sérginho!!!

Caminhos
Os teus olhos deslumbravam-se com cada lugar
Teu corpo respondia ao ritmo...  Ah o teu gosto!
Tinha o gosto dos sabores provados,
Quantos sonhos nos olhos daquele menino,
Quantos sonhos se confundem com os teus?
Tanta verdade num riso provocado em instantes
Quantos e tantos em ti!
Tuas mãos firmes que contam histórias
As sábias palavras que fazem rir, refletir e transformar!
Coragem ao querer um mundo mais justo.
A melodia nova em cada caminho novo.
Um menino, um homem, um lutador...
Braços que envolvem, que protegem,
Um coração que pulsa mais forte a cada reencontro
E em toda despedida com cheiro de saudade.
Um menino, um homem, um lutador
Que a cada dia descobre a felicidade de viver
No simples ato de respirar.


PARABÉNS SÉRGINHO!

É bom poder compartilhar

minha vida com você!


Amo-te!

Infinitamente!


domingo, 14 de novembro de 2010

Barulho

A cidade é barulhenta, são tantos passos, cheiros, pessoas...
As cores me deixam tonta todos os dias, você vai e vem
Alguém te viu? Você viu alguém? Impressionante!
Pedras sobre as pedras, Selva!
Sigo lentamente entre um cochilo e uma topada
ela me faz retornar ao mundo canibal e selvagem.
Carros, motos, bicicletas, prefiro o apito do trem...
Piuí....Piuí...
Cortando serras sobre os trilhos, mais uma pedra
Acordo! Vozes, vozes, nenhuma palavra.
Um silêncio ensurdecedor invade meus pensamentos
Outra pedra, mais uma palavra, vazio...
Como sinto falta das palavras, as encontrarei?
Talvez quando houver menos luz, quando não escutar os passos.
Quando me vier a mente as imagens turvas.
Quando o barulho começar de minha mente e de forma aligeirada
passe ao atrito do lápis numa folha rabiscada de silêncio.
No vago espaço vazio de adormecer.

                                                   Luana Tavares

domingo, 7 de novembro de 2010

Mar

Nos braços do Mar me liberto,
Me perco e num instante me acho,
Passo perdendo o compasso,
Me balanço nas ondas,
Cantando seu canto num lamento sem pranto,
O vento me fala, me escuta...
Parece uma prece é quase ciranda,
Me vejo menina, me sinto criança
Ele me chama, me prende, me lança no mundo
Me toma de volta, esbraveja e em fúria me acalma.
Nos braços do Mar sou uma gota do oceano.
Me devora, engole, me toma em cada pedacinho.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Avesso reverso

Uma dor que se quer existe
Rasga-me o peito e vira-me ao avesso
E quando do avesso estou me consome em chama
E restando alguma cinza, me recompõe
 E se inteiro, os reflexos no espelho
Estilhaçam meu retrato embaçado
Não me aceita sem brilho ou fosco
Devorada, embriagada no desespero da paixão
curvas sinuosas, labirinto estreito e escuro
Pensar, pensar, NÃO! Tormento...
Canto e lá está você, na música que mais gosto
Vem o amor e me torna menor,
Apaga, rasga e tira a cor...
Faz verso do meu avesso reverso,
Me esvazia e assim não sinto dor.
 

domingo, 24 de outubro de 2010

(Só)

Parece confuso
Parece estranho
É tudo tão certo
Paredes frias
Paredes mortas
Parece absurdo
É quase tortura
Vazio do mundo
Vagar devagar
Estava no ar
Estrada sem fim
Fim?
Sem fim
Parece seguir
Parece mentir
É tudo loucura
Ir sem sorrir!
Sorrir?
Ficar sem amar
Amar?
Dançar sem cantar
Pairar...
Num segundo
Na janela do quarto
E a vida passando!
Me pego presa
 Na pressa
Promessa de dor
sem fé e amor
 O dia passou?
A idade chegou!
E agora quem sou?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Partes


Que partes que partem quando alguém parte?
Que parte que fica se alguém chega?
Se quando parte partes ficam
Quando chega partes partem?
Partida ou chegada?
Você não se decide,
E tua ausência me parte...
Quando chega parece que parte
Quando parte sinto que fica.
                                              Luana Tavares

domingo, 17 de outubro de 2010

Linhas...

Entre linhas estreitas e palavras frias
Uma folha em branco era companhia
Tinta? Não mais, agora uma máquina!

Algo estranho e ainda mais frio que o teu olhar
Pensava no que não podia pensar... Sons, imagens
Nada fazia sentido
Tudo parecia perdido.
O mundo tornara-se calmo e inerte em alguns segundos
Torto contorno sem chão e sem rumo
Era verso sem rima, noite sem vento...

As palavras iam e viam,
Frias nas entrelinhas.
                        Luana Tavares

sábado, 16 de outubro de 2010

Corpos.

Nas tuas coxas frias escorria um líquido quente,
Entre as minhas pernas e a tua
Pensei em outras moças, senti outras coxas,
Aquele corpo nu desejei, queria o gosto
Apenas do teu corpo, sentia o cheiro
Era o teu que me agradava...
Aquelas, as moças eram apenas outras!
Quantas noites desenhei teus lábios volumosos
Teus seios em minhas mãos
Um silêncio tímido, um suspiro ávido
Minhas mãos percorriam tuas curvas,
Te buscavam, sentiam, tornava infinito
O momento sem tempo...
Sem tempo, te perdi no tempo.
                                 
                            Luana Tavares

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Educar? Educar!
Não me ensinaram a ensinar
Aprendi depressa como aprender
Aprendi aos poucos a compartilhar..
Todos os dias pego os meus livros
E os carrego comigo
Aprendo mais um pouco
Com os meninos e meninas que me cercam
Observo-os!
Me olham ansiosos, enérgicos, falantes...
Queria despertá-los de um sono estranho, do ócio
Queria apresentar-lhes as fantasias, um mundo encantado
Queria que se apaixonassem perdidamente pelas palavras
Que sonhassem os sonhos utópicos
Que construíssem seu mundo, nosso mundo
Ai, são tantos que os fazem acreditar
que tudo é estático, o céu é azul...
E que eles são apenas meninos e meninas
Que jamais traçarão os seus destinos.
Não, não os proíbam de sonhar,
Deixem que vivam também os seus universos particulares
Vivamos com eles, cantemos com elas...
Não passamos de aprendizes...
Não, não os proíbam de sonhar
                                                          
                                                        Luana Tavares


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cantando saudade


Saudade! Estranha que me acompanha
Em noites e longas madrugadas,
Ela chega do nada bem de mansinho
E quando menos espero...
Ela me envolve em seu colo,
Destino da alma ou presente divino?
Ah como és bela! Vestindo teu manto da cor da espera
Eis aqui meu contentamento ingênuo,
Eis(me) aqui sem poesia. Se me faltares um dia?
Não haverá fantasia, nem cores, apenas o nada.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010


Masturbação
  É madrugada o vento suspira,
 As paredes exalam aquele perfume,
 Os pelos arrepiam, aquele cheiro é único,
 Os poros transpiram... desejo!
 Na boca um gosto,
As mãos sobem e descem
Num vai e vem descontrolado
Úmido, quente, um toque...
Faz frio! Não, calor!
Na mente teu corpo
No corpo o gozo....
                            Luana Tavares

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Amigos finalmente volto a ser blogueira. Poderei viajar em estradas que nunca existiram, traduzir-me em algumas linhas, rabiscos e nada mais. O mundo que era únicamente meu passa agora a ser de quem vier e desajar embarcar nesse mosaico... Nem lágrimas, nem palavras, apenas poesia.

Quilombos

Eu vim do Quilombo dos Palmares,
Trazendo comigo a revolução,
Carrego no peito uma nova mensagem,
No nosso quilombo não cabe descriminação.

Sou filho dos guetos cantando liberdade,
Nasci em favelas Quilombos da sociedade,
Sou negro, sou branco, sou forte.

Rasgaram dos livros as minhas vitórias,
Mas hoje já posso escrever minha história,
Sou índio, mestiço dos traços,
Posso ser branco e posso ser pardo.

Num Brasil de Navios Negreiros
Tenho traços bem brasileiros
Sou filho do Quilombo dos Palmares.
                                             Luana Tavares

Em homenagem aos 179 anos da emancipação política aí está minha 1º poesia.