domingo, 14 de novembro de 2010

Barulho

A cidade é barulhenta, são tantos passos, cheiros, pessoas...
As cores me deixam tonta todos os dias, você vai e vem
Alguém te viu? Você viu alguém? Impressionante!
Pedras sobre as pedras, Selva!
Sigo lentamente entre um cochilo e uma topada
ela me faz retornar ao mundo canibal e selvagem.
Carros, motos, bicicletas, prefiro o apito do trem...
Piuí....Piuí...
Cortando serras sobre os trilhos, mais uma pedra
Acordo! Vozes, vozes, nenhuma palavra.
Um silêncio ensurdecedor invade meus pensamentos
Outra pedra, mais uma palavra, vazio...
Como sinto falta das palavras, as encontrarei?
Talvez quando houver menos luz, quando não escutar os passos.
Quando me vier a mente as imagens turvas.
Quando o barulho começar de minha mente e de forma aligeirada
passe ao atrito do lápis numa folha rabiscada de silêncio.
No vago espaço vazio de adormecer.

                                                   Luana Tavares

Nenhum comentário:

Postar um comentário