quinta-feira, 23 de junho de 2011

NADA



Eu te deixei na memória

com esperança de nunca lembrar.

Dos dias de sol que um dia em teu rosto brilhou.

Escondida num canto de mim

Eu tinha certeza que chegaria o fim

das tempestades, dos raios...

Guardei teus olhos no escuro, no oco do mundo

E duvidei chegar a hora de querer buscar,

De me arriscar nas profundezas escuras

Só pra poder vê-los brilhar

Vê-los dentro dos meus com a profundidade do mundo

ver o meu EU na mesma angústia.

Joguei no infinito o meu grito

O amor intrigante do teu íntimo.

Fui até o fim do mundo, no oco, lento e profundo

Cortei minhas veias, e em cada uma das gotas do líquido que escorria

Das veias infectadas, lá você estava.

Tirei minha pele doente, manchada das suas marcas,

Me desfiz das retinas, pra não te enxergar,

Quebrei todos os ossos que havia em meu corpo,

Me desfiz dos cabelos e quando nada mais restava de mim, você estava!

No fim, no oco, no pó dos meus ossos,

na escuridão de meus olhos,

Nas minhas veias sem sangue, na minha carne sem pele,

Na minha falta de gosto, na minha inexistência...

Até lá, no vazio, no meu TUDO, no meu NADA

Você estava!

domingo, 12 de junho de 2011

Imaginário-Poético concorre ao Prêmio Imprensa Maria Mariá


O blog Imaginário- Poético está concorrendo ao prêmio na categoria Blog pessoal, no blog você encontra as diversas categorias e faz a escolha dos seus blogs preferidos.
A realizãção do concurso é da Secretaria de Comunicação do Município, e idealizado por Clezivaldo Mizael.

Participe!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Esperando por Mim

Acho que você não percebeu
Que o meu sorriso era sincero
Sou tão cínico às vezes
O tempo todo
Estou tentando me defender
Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria
arrogância
Esperando por um pouco de afeição
Hoje não estava nada bem
Mas a tempestade me distrai
Gosto dos pingos de chuva
Dos relâmpagos e dos trovões
Hoje à tarde foi um dia bom
Saí prá caminhar com meu pai
Conversamos sobre coisas da vida
E tivemos um momento de paz
É de noite que tudo faz sentido
No silêncio eu não ouço meus gritos
E o que disserem
Meu pai sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Minha mãe sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Meus verdadeiros amigos sempre esperaram por mim
E o que disserem
Agora meu filho espera por mim
Estamos vivendo
E o que disserem os nossos dias será para sempre.
                                                                                   (Renato Russo)