quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O que há de errado entre nós?

Por quais ruas você resolveu caminhar? Não faço nem ideia das tuas falas,

Fiz questão de apagar o dia e a esquina em que você soltou minha mão e saltou de minha vida.

Não faço questão de lembrar-me de tua fraqueza e covardia de evitar passear em meus olhos.

De ti guardei apenas os primeiros versos, as noites que passamos acordados, esperando o dia, dos vinhos e delírios guardo ainda nossas fantasias. Fiz questão de gravar dentro de mim, mesmo que não haja volta, o tom doce da voz que me acalma, as mãos leves que me deram forças.

Guardo aquele amor inocente, antes de apagar-me de uma só vez, antes de evitar os meus caminhos e passos tortos.

Guardo ainda aquela cumplicidade de amigos e amantes, dos teus pedaços colados por mim e dos meus moldados em tuas mãos.

Guardo os abraços, guardo teu corpo e gosto. Guardo as horas e os segundos...

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