domingo, 15 de janeiro de 2012



É barulho de chuva no meu telhado. É chuva ou lágrima?

É apenas uma noite fria e você não está ao meu lado,

Não há luz se não posso sentir os teus olhos. Te busco como a mim mesma,

Te abracei com tanta força que quase me sufoco, senti medo de ser um adeus anunciado,

Entre o primeiro e último um estrondoso pavor tomou conta de mim.

Não tive forças para confirmar esse fim. Tudo que queria é ter a certeza de está enganada, de ser um pesadelo, abrir os olhos e ver você velando meu sono.

Me chamando de “minha menina, minha pequenininha”.

Eu não consigo olhar um caminho sem nossos dedos entrelaçados.

Eu não consigo ver teus olhos em lágrimas ou teu peito em dor.

Eu que sempre fui tão minha e imaginei minhas estradas contando com minha sombra,

Eu que fui dona de mim, agora sou tua e não sei caminhar sozinha.

Esse grito de lua, de ventre e de noite, esse sussurro de mar,

Com todas as forças dos raios e ventos.  

Que ecoam teu nome e é nome de amor, que tem a força e dom de uma flor.

Não digas nada, deixe que passem os dias.

Agora na noite pelo meio fantasmas me torturam, me escondo debaixo das cobertas.

Teu cheiro não me deixa dormir, imagens vagam como cavalos de nuvens e os calafrios

Escorrem dos pés, a alma em suspiros agoniados pedem socorro.

Canto doce e terra molhada, agonizo.

Sem querer olhar o horizonte, sem delírios ou febre tento fugir de mim.

Fugindo da dor, não posso anular o amor.


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