terça-feira, 26 de outubro de 2010

Avesso reverso

Uma dor que se quer existe
Rasga-me o peito e vira-me ao avesso
E quando do avesso estou me consome em chama
E restando alguma cinza, me recompõe
 E se inteiro, os reflexos no espelho
Estilhaçam meu retrato embaçado
Não me aceita sem brilho ou fosco
Devorada, embriagada no desespero da paixão
curvas sinuosas, labirinto estreito e escuro
Pensar, pensar, NÃO! Tormento...
Canto e lá está você, na música que mais gosto
Vem o amor e me torna menor,
Apaga, rasga e tira a cor...
Faz verso do meu avesso reverso,
Me esvazia e assim não sinto dor.
 

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